Guiné-Bissau
Oficialmente República da
Guiné-Bissau, é um país da costa ocidental de África que se
estende desde o cabo Roxo até à ponta Cagete.
Foi uma colônia de Portugal desde
o século XV até proclamar unilateralmente a sua independência,
em 24 de Setembro de 1973, reconhecida internacionalmente - mas
não pelo colonizador. Tal reconhecimento por parte de Portugal
só veio em 10 de Setembro de 1974.
A Guiné-Bissau foi a primeira
colônia portuguesa no continente africano a ter a independência
reconhecida por Portugal.
Atualmente faz parte da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), das Nações Unidas, dos PALOP (Países
Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e da União Africana.
Capital: Bissau
População: 1,968 milhões (2020) Banco Mundial
Hino nacional: Esta É a Nossa Pátria Bem Amada
Continente: África
Língua oficial: Língua portuguesa
Governo: Semipresidencialismo, República
O Guiné-Bissau é uma república
semi-presidencialista e democracia representativa.
O PRS ocupa atualmente 28 dos 102 assentos na Assembléia
Nacional e 18 dos 25 gabinetes do governo.
Constituição: 16 de Maio de 1984, revista em: 4 de Maio de 1991,
4 de Dezembro de 1991, 26 de Fevereiro de 1993, 9 de Junho de
1993 e 1996
Sufrágio: Universal a partir dos 18 anos. A ambiguidade legal
persistia em Novembro de 2009, já que a constituição adotada
pela Assembléia Nacional em 2001 ainda não havia sido nem
promulgada nem vetada pelo presidente.
Com uma área de 36 126 km², o
país é maior que a Bélgica, Taiwan, Haiti ou mesmo os estados
brasileiros de Alagoas e Sergipe.
O país estende-se por uma área de baixa altitude. O seu ponto
mais elevado está 300 metros acima do nível do mar. O interior é
formado por savanas e o litoral por uma planície pantanosa. O
período chuvoso alterna com um período de seca, com ventos
quentes vindos do deserto do Sahara. O arquipélago dos Bijagós
situa-se a pouca distância da costa.
A Guiné-Bissau, fortemente
dependente da agricultura e da pesca, é objeto de um programa do
FMI (Fundo Monetário Internacional) para o ajuste estrutural. A
castanha de caju, de que é hoje o sexto produtor mundial,
aumentou consideravelmente de preço em anos recentes. O país
exporta peixe e mariscos, amendoim, semente de palma e madeira.
As licenças de pesca são uma importante fonte de receitas. O
arroz é o cereal mais produzido e um ingrediente típico e
indispensável na alimentação.
Em 1998, a guerra entre facções apoiadas pelo Senegal e a junta
militar que controlava o país destruiu grande parte das
infraestruturas e causou danos em todas as regiões, fazendo cair
o PIB 28% naquele ano, com uma recuperação parcial em 1999. A
produção agrícola baixou cerca de 17% durante o conflito. Na
produção de castanha de caju, a descida chegou a 30%. A piorar a
situação, o preço deste último produto caiu 50% no mercado
internacional em 2000, agravando a devastação começada com a
guerra civil.
Antes da guerra, os maiores êxitos do governo tinham sido a
reforma comercial e a liberalização dos preços, tudo sob a
tutela do FMI. A austeridade fiscal e o incentivo ao
desenvolvimento do sector privado deram novo fôlego à economia.
Após a guerra civil, as medidas de recuperação lançadas pelo
governo (novamente com a ajuda do FMI e também do Banco Mundial)
trouxeram alento à debilitada economia e, em 1999, permitiram
que o PIB recuperasse 8%.
As prospecções de petróleo, fosfato e outros recursos mineiros
vão começar em 2010. Há já extração de petróleo na zona de
exploração conjunta com o Senegal.
A economia guineense acusou nos últimos 3 anos alguns avanços e,
segundo o FMI, vai crescer este ano 2,3%, devido ao aumento da
produção e da exportação de castanha de caju e às receitas das
licenças de pesca. O país está otimista, pois já existem
investimentos de grandes empresas multinacionais em diferentes
áreas, com destaque para o turismo.
A Guiné-Bissau possui um
patrimônio cultural bastante rico e diversificado. As diferenças
étnicas e linguísticas produziram grande variedade a nível da
dança, da expressão artística, das profissões, da tradição
musical, das manifestações culturais.
A dança é, contudo, uma verdadeira expressão artística dos
diversos grupos étnicos.
Os povos animistas caracterizam-se pelas belas e coloridas
coreografias, fantásticas manifestações culturais que podem ser
observadas correntemente por ocasião das colheitas, dos
casamentos, dos funerais, das cerimônias de iniciação.
O estilo musical mais importante é o gumbé.
O Carnaval guineense,
completamente original, com características próprias, tem
evoluído bastante, constituindo uma das maiores manifestações
culturais do País.
O músico José Carlos Schwarz é ainda hoje considerado um dos
maiores nomes de sempre da música guineense.
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