Angola
Angola, oficialmente República de Angola, é um país da costa ocidental
de África, cujo território principal é limitado a norte e a nordeste
pela República Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia, a sul pela
Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico.
Capital: Luanda
Presidente: José Eduardo dos Santos
Moeda: Kwanza
População: 32,87 milhões (2020) Banco Mundial
Língua oficial: Língua portuguesa
Governo: Estado unitário, Presidencialismo, República
Angola,
oficialmente República de Angola, é um país da costa ocidental de
África, cujo território principal é limitado a norte e a nordeste pela
República Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia
e a oeste pelo Oceano Atlântico. Inclui também o enclave de Cabinda,
através do qual faz fronteira com a República do Congo, a norte. Para
além dos vizinhos já mencionados, Angola é o país mais próximo da
colônia britânica de Santa Helena.
Os portugueses estivam presentes em alguns pontos no que é hoje o
território de Angola desde o século XV, interagindo de diversas maneiras
com os povos nativos, principalmente com aqueles que moravam no litoral.
A presença portuguesa na região iniciou-se no século XV, mas a
delimitação do território apenas aconteceu no início do século XX. O
primeiro europeu a chegar a Angola foi o explorador português Diogo Cão.
Angola foi como uma colônia portuguesa que apenas abrangeu o atual
território do país no século XIX e a "ocupação efetiva", como
determinado pela Conferência de Berlim em 1884, aconteceu apenas na
década de 1920, após a resistência dos povos mbundas e o sequestro de
seu líder, Mwene Mbandu Kapova.
A independência do domínio português foi alcançada em 1975, depois de
uma longa guerra de libertação. Após a independência, Angola foi palco
de uma intensa guerra civil de 1975 a 2002, majoritariamente entre o
Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional para
a Independência Total de Angola (UNITA). Apesar do conflito interno,
áreas como a Baixa de Cassanje mantiveram ativos seus sistemas
monárquicos regionais. No ano de 2000 foi assinado um acordo de paz com
a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), uma frente de
guerrilha que luta pela secessão de Cabinda e que ainda se encontra
ativa.
É da região
de Cabinda que sai aproximadamente 65% do petróleo de Angola.
O país tem vastas reservas minerais e de petróleo e sua economia tem
crescido em média a um ritmo de dois dígitos desde 1990, especialmente
desde o fim da guerra civil. Apesar disso, os padrões de vida angolanos
continuam baixos para a maioria da população e as taxas de expectativa
de vida e mortalidade infantil no país continuam entre os piores do
mundo.6 Angola é considerada economicamente desigual, visto que a
maioria da riqueza do país está concentrada em um setor
desproporcionalmente pequeno da população.
A população
de Angola foi estimada em 18 056 072 habitante em 2012.21 Ela é composta
por 37% de ovimbundos (língua umbundu), 25% de ambundos (língua
kimbundu), 13% de bakongos e 32% de outros grupos étnicos (como os
côkwes, os ovambos, os mbundas, com o último tendo sido substituído
pelos ganguelas, um termo genérico para os povos do leste das planícies
centrais angolanas e que tem um significado ligeiramente depreciativo
quando aplicado pelos grupos étnicos ocidentais, e os xindongas) como
bem como cerca de 2% mestiços (mistura de europeus e africanos), 1,4% de
chineses e 1% de europeus.24 As etnias ambundu e ovimbundu formam,
combinadas, a maioria da população (62%).
A população
do país deverá crescer para mais de 47 milhões de pessoas em 2060, quase
triplicando a estimativa de 16 a 18 milhões em 2011.25 O último censo
oficial foi realizado em 1970 e mostrou que a população total era de 5,6
milhões habitantes.
O primeiro
censo pós-independência será realizado durante este ano de 2014.
Angola vai
ser o principal destino para os investidores do sector do petróleo neste
e no próximo ano, prevê a consultora Business Monitor International
(BMI), que aposta num crescimento médio do PIB de 7,4% até 2018.
"Esperamos que Angola mantenha a posição de principal destino de
investimento dentro da indústria do petróleo", afirma o Relatório sobre
Gás e Petróleo em Angola, sublinhando que apesar de se antever um
abrandamento da produção de petróleo, os planos para novos projetos vão
garantir um crescimento forte durante grande parte do período em análise
– 2014 a 2018.
O documento cita o responsável da Sonangol em Luanda, Domingos Cunha,
para sustentar que os próximos tempos serão muito atarefados, tendo em
conta o lançamento de explorações na área do pré-sal, uma camada por
baixo do fundo do mar, que as autoridades angolanas acreditam ter enorme
potencial, à semelhança do Brasil.
"Antecipamos
uma temporada atarefada de perfuração nos próximos trimestres, com 32
poços planeados em Angola este ano, incluindo 15 que vão testar as
formações de pré-sal", lê-se no relatório, que explica que os 32 poços
de 2014 contrastam com apenas dois no ano passado.
O responsável da Sonangol, aliás, é ainda citado para explicar que, até
2022, o número médio de poços vai ser, no total, de 25, e não apenas no
pré-sal.
CULTURA
A riqueza cultural de Angola manifesta-se em diferentes áreas. No
artesanato, destaca-se a variedade de materiais utilizados. Através de
estatuetas em madeira, instrumentos musicais, máscaras para danças
rituais, objectos de uso comum, ricamente ornamentados, pinturas a óleo
e areia, é comprovada a qualidade artística angolana, patente em museus,
galerias de arte e feiras. Associado às festas tradicionais promovidas
por etnias locais está também um grande valor cultural.A presença
constante da dança no quotidiano é produto de um contexto cultural
apelativo para a interiorização de estruturas rítmicas desde cedo.
Iniciando-se pelo estreito contacto da criança com os movimentos da mãe
(às costas da qual é transportada), esta ligação é fortalecida através
da participação dos jovens nas diferentes celebrações sociais (os jovens
são os que mais se envolvem), onde a dança se revela determinante
enquanto factor de integração e preservação da identidade e do
sentimento comunitário.
Neste
particular, destaca-se algumas festas típicas em Angola:
a) Festas do Mar - estas festas tradicionais designadas por “Festas do
Mar”, têm lugar na cidade do Namibe. Estas festas provêm de antiga
tradição com carácter cultural, recreativo e desportivo. Realizam-se na
época de verão e é habitual terem exposições de produtos relacionados
com a agricultura, pescas, construção civil, petróleos e agro-pecuária;
b) Carnaval - o desfile principal realiza-se na avenida da marginal de
Luanda. Vários corsos carnavalescos e corsos alegóricos desfilam numa
das principais avenidas de Luanda e de Benguela;
c) Festa da Nossa Senhora da Muxima - o santuário da Muxima está
localizado no Município da Kissama, Província de Luanda e durante todo o
ano recebe milhares de fiéis. É uma festa muito popular que se realiza
todos os anos e que inevitavelmente atrai inúmeros turistas, pelas suas
características religiosas.
Depois de vários séculos de colonização portuguesa, Angola acabou por
também sofrer misturas com outras culturas e a música anuncia a riqueza
artística de Angola, com os ritmos do kizomba, semba, rebita, cabetula,
kilapanga e os novos estilos, como o zouk e kuduro, a animar as noites
africanas. As danças tradicionais assumem, paralelamente, a sua
relevância, a par da gastronomia rica e variada. A literatura angolana
tem origem no século XIX, com uma função marcadamente “intervencionista
e panfletária de uma imprensa feita pelos nativos da terra”, sendo que a
mesma reflecte também a riqueza cultural do país. É a cultura que molda
a imagem de Angola no mundo. Uma política cultural externa para a
representação da diversidade cultural de Angola é, portanto, uma grande
preocupação do Governo angolano.
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